O divórcio e a adaptação familiar

Por Margarida Garcês, psicóloga clínica e diretora do Ginásio da Educação Da Vinci de Braga.

O divórcio pode ser caracterizado como um período difícil e exigente para toda a família. A separação do casal implica mudanças e desafios, o que gera sentimentos de alguma insegurança e ansiedade. (Por Margarida Garcês)

O divórcio pode ser caracterizado como um período difícil e exigente para toda a família. A separação do casal implica mudanças e desafios, o que gera sentimentos de alguma insegurança e ansiedade. Contudo, é importante salientar que o divórcio não predestina o fim daquela família. É sim necessário que haja ajustamento familiar. Ninguém deixa de ser filho ou pai. Existem, sim, adaptações a fazer e neste sentido, os pais devem conversar e decidir as medidas a seguir no que concerne a educação e bem-estar dos seus filhos, tendo sempre em consideração o interesse da criança. Quantos mais conflitos e pressões envolverem a criança (antes e durante o processo de separação e divórcio), mais negativo será o impacto e mais graves as consequências.

Também um estado de indefinição prolongada (por exemplo pais separados mas a viver na mesma casa) é fonte de potenciais conflitos e de angústia para a criança. Questões de ordem financeira, o temperamento e a idade da criança, problemas psicopatológicos dos pais, nomeadamente depressão, coparentalidade conflituosa e a intensidade e frequência do conflito entre os pais, antes e após a separação, são dimensões associadas ao melhor ou pior ajustamento da criança numa situação de divórcio ou separação dos pais.

Como preparar então as crianças para a separação dos pais?

Para lá de todas as questões logísticas e práticas, como podemos dizer a um filho que “a mãe e o pai já não são um casal”? Certo que, a criança passa a ter duas casas – a sua casa com a mãe e a sua casa com o pai, e muitas vezes rotinas e atividades extra curriculares diferentes. Em alguns casos, a adaptação torna-se um processo mais difícil, que se prende fundamentalmente com o tipo de relação estabelecida entre os pais e a criança. Relações inseguras acabam por fragilizar esse mesmo processo de adaptação. Os pais são uma peça-chave na adaptação da criança.

Lembre-se! Perante conflitos parentais, as únicas vítimas são as crianças. Portanto esteja atento ao seu filho. As crianças não dizem que estão com ansiedade – dizem “doí-me a barriga”. Esteja atento ao comportamento do seu filho, à manifestação da ansiedade, irritabilidade, pesadelos, perturbações do sono e alimentares, descontrolo do esfíncter, pois são sintomas associados a períodos de mudança, uma resposta a algo inesperado e imprevisível e que requer adaptação. Caso os sintomas persistam, os pais devem procurar ajuda especializada, de um psicólogo, de forma a identificar o problema e tentar resolvê-lo.

O divórcio pode ser caracterizado como um período difícil e exigente para toda a família. A separação do casal implica mudanças e desafios, o que gera sentimentos de alguma insegurança e ansiedade. Contudo, é importante salientar que o divórcio não predestina o fim daquela família. É sim necessário que haja ajustamento familiar. Ninguém deixa de ser filho ou pai. Existem, sim, adaptações a fazer e neste sentido, os pais devem conversar e decidir as medidas a seguir no que concerne a educação e bem-estar dos seus filhos, tendo sempre em consideração o interesse da criança. Quantos mais conflitos e pressões envolverem a criança (antes e durante o processo de separação e divórcio), mais negativo será o impacto e mais graves as consequências.

Também um estado de indefinição prolongada (por exemplo pais separados mas a viver na mesma casa) é fonte de potenciais conflitos e de angústia para a criança. Questões de ordem financeira, o temperamento e a idade da criança, problemas psicopatológicos dos pais, nomeadamente depressão, coparentalidade conflituosa e a intensidade e frequência do conflito entre os pais, antes e após a separação, são dimensões associadas ao melhor ou pior ajustamento da criança numa situação de divórcio ou separação dos pais.

Como lidar?

1.Nãoescondanadaeconversecomoseufilho

Conversar abertamente com o seu filho, sublinhando que o divórcio dos pais não implica a separação emocional entre pais e filhos. Possibilite a abertura de um campo de compreensão e entendimento na criança, que facilitará a integração desta mudança.

2.Deveserclaroparaacriançaqueodivórcioéconjugalenãoparental

Deve ser claro para a criança que o divórcio é conjugal, não parental, e isso requer que os próprios pais separem aquilo que pertence ao ex-casal daquilo que envolve os filhos. Quanto melhor for esta separação entre o papel conjugal e o papel parental, melhor o ajustamento da criança.

3.Aceiteassuasreações,escute-o,acolhaoqueestáasentir

É natural que as crianças reajam. Pouco natural seria não existirem consequências. Por isso, é importante que sinta e que transpareça que compreende as reações do seu filho. Dê-lhe tempo e espaço para que as mesmas aconteçam.

4.Passetempodequalidade

O fato de se terem separado, enquanto casal, não deverá influenciar as relações que têm, enquanto pais, com a criança. Acima de tudo, é fundamental que compreenda, enquanto pai/mãe e adulto, que não é o divórcio em si que poderá ter consequências negativas quer para o casal como para as crianças, mas sim a forma como o divórcio é conduzido.

Por isso, se tentou ter um bom casamento, tente também ter um “bom divórcio”.

Margarida Garcês, psicóloga clínica e diretora do Ginásio da Educação Da Vinci de Braga

Quase metade dos jovens passam mais de 6 horas por dia na internet

Estar em constante contacto com o mundo digital é hoje uma quase obrigação e a comprová-lo estão os dados do estudo Bareme Internet da Marktest que revelam que 45% dos jovens dos 15 aos 24 anos passam mais de seis horas por dia na internet.

Em 2022, um milhão e 857 mil residentes no Continente com 15 e mais anos afirmaram despender mais de seis horas diárias na Internet, valor que corresponde a 21,7% da população portuguesa.

Entre as classes sociais também são evidentes as diferenças de comportamento, com estes consumidores a representar 38,7% dos pertencentes à classe alta, valor que baixa para 9% entre a classe baixa.

Fonte: Marketeer

5 videojogos para… aprender História

Conhece cinco videojogos que te podem ensinar mais sobre civilizações, batalhas ou factos históricos curiosos.

Achas que consegues chegar à Índia mais rápido do que Vasco da Gama? Talvez prefiras vestir a pele de Joana d’Arc, a camponesa francesa que liderou os exércitos do Rei de França contra os ingleses, na Guerra dos Cem Anos. Recriar o Desastre de Varo, no ano 9 d.C., também é uma opção, confrontando a aliança de tribos germânicas e três legiões romanas, na Floresta de Teutoburgo. Tudo isto são opções oferecidas… pelo mundo do gaming.

Os videojogos são vistos, maioritariamente, como uma forma de entretenimento. Contudo, muitos incluem também componentes históricas que nos vão ensinando enquanto jogamos. A verdade é que as empresas de desenvolvimento de videojogos fazem muita pesquisa e investigação, de forma a criarem jogos realistas e próximos da verdade histórica. Portanto, se queres fazer sucesso nas aulas de História, ficando na posse de alguns factos obscuros ou curiosos, esta lista de séries de jogos pode ajudar-te.

#1 Rome: Total War

Neste jogo de estratégia, assumes o comando de uma fação romana, desde os tempos da República até à formação do Império Romano. Por essa razão, tens a possibilidade de ficar a conhecer melhor a história desta civilização, bem como exercitar as tuas capacidades de liderança estratégica e tática, comandando o teu exército em batalhas épicas. O jogo recria ainda um conjunto de batalhas históricas, onde poderás reescrever a História.

#2 Civilization

Escolhe a tua civilização. Já está? Agora, vais poder guiá-la desde a Idade da Pedra até à conquista do espaço. Esta é a premissa-chave da série Civilization, que já vai na sexta edição. Fundamental, neste videojogo, será pesquisar novas tecnologias e conhecimentos, para avançares o teu povo e conseguires a vantagem decisiva sobre as restantes civilizações. Graças a este foco, este videojogo vai-te permitir compreender a evolução tecnológica da Humanidade, bem como trabalhar o teu pensamento estratégico, ao teres de desenvolver uma abordagem de longo prazo para conquistar a vitória.

#3 Assassin’s Creed

Queres percorrer as ruas da Jerusalém do tempo das Cruzadas ou saltar pelos telhados da Florença renascentista? Ou será gostavas de ajudar a pôr em marcha a Guerra da Independência Americana? Não te esqueça de navegar pelas Caraíbas como um pirata, de viajar até ao Egipto dos Faraós, à Grécia Antiga ou ainda à Londres industrial. Tudo isto são possibilidades colocadas pela série Assassin’s Creed. Graças a este foco específico em certas eras e localizações, ficarás a conhecer, de uma forma totalmente nova, estes mundos históricos e poderás fazer parte do passado, enquanto lutas para compreender o presente.

#4 Europa Universalis

No segmento grand strategy, surge-nos este título do estúdio Paradox, que já conta com quatro edições, sucessivamente melhoradas e ampliadas. O objetivo será tomares conta dos destinos de uma nação histórica, desde a Alta Idade Média até ao século XIX, conquistando novos territórios, descobrindo novos mundos, forjando alianças e semeando discórdias, pesquisando novas ideias e tecnologias. É um jogo de uma profundidade assombrosa, mas de um dinamismo às vezes frenético, principalmente quando te vês envolvido numa grande guerra entre potências. Poderás aprender, de uma forma mais aprofundada, as dinâmicas da diplomacia e a importância de várias instituições ao longo dos séculos.

#5 Age of Empires

Um dos títulos mais aclamados de todos os tempos, os três jogos da série Age of Empires começam por ser apenas um jogo de construção e batalha, mas depressa compreendes que são bem mais do que isso. O modo Campanha de Age of Empires II, por exemplo, conduz-te por diversos momentos históricos fulcrais e permite recriar várias batalhas importantes, enquanto que o narrador te explica os acontecimentos mais relevantes. Da história dos escoceses liderados por William Wallace ao confronto do Império Azteca com Hernán Cortés, são vários os cenários que poderás escolher, sendo que todos te ensinam um pouco sobre aquele período.

Fonte: Forum.pt

Como conciliar a vida social do seu filho com as responsabilidades escolares?

A vida social com os pares ocupa uma grande parte do tempo na vida dos adolescentes. É importante que convivam com os seus pares, pois é com eles que farão a validação para a sua identidade e a caminhada para a idade adulta.

Também a escola e as responsabilidades que esta acarreta (ir às aulas, horas de estudo, trabalhos de casa, trabalhos de grupo…) se tornam cada vez mais exigentes e ocupam cada vez mais tempo.

Estudar diariamente passa a ser necessário. As atividades extracurriculares, as redes sociais, o telemóvel, a aparência física, os cuidados com esta, o escolher e decidir a roupa, etc., também ocupam muito tempo na vida de um adolescente.

Como conciliar a vida social com as responsabilidades escolares?

Comecemos por abordar o que os pais devem evitar fazer:

  • proibir ou reduzir muito as saídas;
  • dizer constantemente para ir estudar;
  • usar o poder económico como “ameaça”;
  • estabelecer comparações com “adolescentes perfeitos”.

O efeito obtido é, geralmente, o oposto. Por mais adaptado que seja o adolescente, há sempre uma certa dose de desafio e de crítica à autoridade parental, pelo que as regras, se impostas, convidam à transgressão.

Se o tempo de estudo e as saídas forem negociados, é mais provável que as responsabilidades escolares sejam assumidas.

O uso da comparação com familiares ou amigos é também contraproducente. Estamos a lidar com peritos na comparação social e na argumentação. Facilmente encontrarão inúmeros exemplos extremamente relevantes para ilustrar o seu ponto de vista.

Claro que é possível conciliar tudo se forem feitas cedências e negociações. Respeitar, acreditar e dar votos de confiança aos adolescentes também ajuda na tarefa de equilibrar dever com lazer.

Guia prático para a conciliação

Propomos, assim, que seja elaborado um horário semanal, do qual devem constar as aulas, as horas a dedicar ao estudo, referindo o tempo para cada disciplina, as atividades extracurriculares e os tempos livres. Esses tempos livres são os que dedicará aos amigos, ao eventual namorado/a, à “vida” virtual (redes sociais e afins) e às saídas noturnas.

As horas de sono, entre as 8 e as 9 horas (noturnas, dormir de dia não tem o mesmo efeito), devem ser respeitadas. Os pais devem supervisionar este horário, ajudar a construí-lo, mas deve ser o adolescente o responsável pela elaboração do mesmo, para que se sinta absolutamente implicado no processo e no consequente cumprimento do mesmo.

As saídas, especialmente as noturnas, devem ser negociadas com os pais. Quantas vezes por mês pode sair? A que horas deverá voltar para casa? Isso irá afetar a escola? E o descanso de que o adolescente necessita? Que consequências acarreta o não cumprimento? Todas estas questões devem ser colocadas na mesa e discutidas.

Quando o horário é cumprido: elogiar para motivar o adolescente para a continuação do cumprimento do mesmo. Quando não é cumprido: conversar sobre o assunto, procurar compreender o porquê, arranjar soluções para repor o que não foi feito. Entrar em conflito não vai melhorar nem prevenir futuras situações de incumprimento/irresponsabilidade; enfrentar as consequências, sim.

O horário acima referido deve ser ajustado às necessidades que vão surgindo, deve ser dinâmico, mas os pais devem exigir o seu cumprimento, dado que o mesmo é feito conjuntamente e negociado com o adolescente. Permitir alterá-lo sem justa causa não ajuda nada o jovem, mas, antes, desresponsabiliza-o do cumprimento do mesmo.

As decisões tomadas devem ser confortáveis para todos, mas a última palavra, em caso de conflito, deverá ser dos pais.

A palavra-chave é, sem dúvida, COMUNICAÇÃO.

Ana Rodrigues da Costa, portoeditora.pt

Braga é a cidade portuguesa onde melhor se fala inglês

Braga é a cidade portuguesa onde melhor se fala inglês, de acordo com o ranking EF English Proficiency Index, que analisa dados de mais de 2.1 milhões de falantes não nativos de inglês, em 111 países e regiões. Já por distritos, Braga fica em segundo lugar, atrás de Viseu.

Em comunicado, a EF Education First nota que Braga é quem lidera o ranking nacional, seguida de Coimbra (2.º) e Porto (3.º). “É a primeira vez, desde que se publica este estudo, que Lisboa e Porto não lutam pelo primeiro lugar na lista de cidades portuguesas onde melhor se fala inglês. A cidade invicta tinha arrecadado esse título nos últimos três anos”, analisa o estudo.

Por distritos, a ordem é a seguinte: Leiria, Braga e Viseu. “De um ano para o outro, Porto (4º) e Lisboa (6º) saem surpreendentemente do pódio dos distritos portugueses com maior proficiência em inglês”, salienta o comunicado.

A proficiência em inglês em Braga (640 pontos) equipara-se com as melhores capitais do mundo: Amesterdão (673 pontos) e Copenhaga (664 pontos).

“Os resultados deste ano refletem os impactos da pandemia. Desde um preocupante declínio na proficiência em inglês por parte dos mais jovens até à elevada proficiência fora dos grandes centros urbanos, o que acarreta implicações no trabalho remoto. É um relatório que espelha histórias de progressos notáveis e retrocessos desencorajadores”, explica a coordenadora do estudo, Kate Bell, citada no comunicado.

No geral, os resultados das provas dos portugueses foram este ano piores do que o ano passado. Portugal baixou 11 pontos no índice que avalia a proficiência na língua inglesa e caiu dois lugares, ocupando este ano o 9.º posto. Ainda assim, o país mantém o estatuto de “Proficiência Elevada” que conquistou pela primeira vez há três anos.

A Suécia (7.º) e a Finlândia (8.º) ultrapassam este ano Portugal no “ranking” que é liderado – pelo terceiro ano consecutivo – pela Holanda (1.º). A Áustria, que mantém o segundo lugar, e a Noruega, na terceira posição, fecham o pódio dos países que melhor falam inglês.

No sul da Europa continuamos a ser os que melhor falam inglês, deixando para trás a Grécia (14.º), Itália (32.º), Espanha (33.º) e França (34.º). Aliás, a Espanha, a Grécia e a Itália fazem parte do grupo de países europeus – liderado pela Rússia, Turquia e Ucrânia – que mais aprimoraram o nível de inglês em comparação com o ano passado.

Do lado oposto do ranking dos países com mais proficiência em inglês está o Iémen (109.º), a República Democrática do Congo (110.º) e o Laos (111.º).

nglês e o trabalho remoto

O estudo deste ano mostra que as grandes cidades já não são sinónimo de “melhor inglês”. De 500 grandes cidades avaliadas, 130 não tiveram melhor avaliação que a região onde estão inseridas, e outras 130 apenas conseguiram igualar o nível de proficiência.

Para a responsável do estudo, “este facto tem implicações para o recrutamento dada a mudança em direção ao trabalho remoto”. Mas há outro aspecto realçado por Kate Bell: em média, os jovens estão a falar pior inglês.

“A proficiência em inglês melhorou entre os adultos com mais de 25 anos. O grupo de pessoas com mais de 40 anos foi o que mais melhorou. O nível de inglês da população entre 21 e 25 manteve-se estável. Porém, há uma queda de 50 pontos, nos últimos dois anos, no grupo de jovens entre os 18 e os 20 anos. A Europa é a única região do Mundo onde isto não se regista e os jovens não estão a perder proficiência”, explica.

Em Portugal, os jovens entre os 18 e os 20 anos e os adultos com mais de 41 anos são os que têm pior nota neste estudo – ainda assim conseguem uma nota de “proficiência alta”.

No que respeita à análise por géneros, a tendência dos últimos três anos prevalece: os homens conseguiram obter melhor classificação do que as mulheres. Ainda assim, as mulheres portuguesas também atingem este ano um nível “muito elevado” de inglês (606 pontos), um valor inferior ao conseguido o ano passado, mas bastante superior à média dos homens de todo o Mundo (511 pontos).

Fonte: ominho.pt

7 curiosidades sobre Saramago

No dia em que José Saramago celebraria 100 anos, recordamos o Prémio Nobel da Literatura (1998), partilhando algumas curiosidades sobre o autor.

1. Sabia que o seu apelido não era Saramago? Sim, um dos nomes mais reconhecidos da literatura portuguesa poderia ter sido diferente, não tivesse sido o caso de, na altura do seu nascimento, um funcionário do Registo Civil da Golegã ter decidido incluir, como apelido na sua certidão de nascimento, a alcunha familiar, Saramago. Cabe esclarecer que saramago é uma planta herbácea espontânea, cujas folhas, naqueles tempos, em épocas de carência, serviam como alimento na cozinha das pessoas com mais dificuldades económicas. Não tivesse sido assim e José Saramago seria conhecido hoje como José Sousa, tal como o seu pai;

2. Se o seu primeiro emprego não é o que sonhava, não desespere. O primeiro emprego do único (até à data) Nobel português da Literatura foi de serralheiro mecânico, numa oficina de reparação de automóveis, tendo ainda trabalhado durante muito tempo como funcionário público. Filho e neto de camponeses, de origens humildes, dificilmente poderia ter imaginado o que o futuro lhe guardaria;

3. Se tem o sonho de viajar mas continua a adiar esses planos, lembre-se que, embora a obra literária de Saramago tenha viajado, e continue a viajar, um pouco por todo o mundo, Saramago só fez a sua primeira viagem aos 47 anos. O destino eleito foi Paris;

4. Antes de conhecer Pilar, a “mulherqueaindanãohavianascidoetantotardouachegar”, Saramago foi casado com a pintora Ilda Reis, com quem teve a sua única filha (Violante) e teve uma relação com a escritora Isabel da Nóbrega;

5. Sabe como Saramago descobriu que tinha sido laureado com Nobel da Literatura? Foi uma assistente de bordo que lhe disse. No dia anterior, Pilar del Río tinha recebido um telefonema de um amigo, professor na Suécia e ligado à Academia Sueca, a informá-la que, no dia seguinte, a Academia Sueca iria anunciar que o Nobel seria atribuído a Saramago e pediu-lhe segredo. Coube-lhe, contudo, a responsabilidade de garantir que Saramago não embarcasse no voo que tinha agendado, de regresso a casa, sem, no entanto, lhe revelar o motivo.

Nessa noite, Pilar tenta convencer Saramago a ficar, alegando que se embarcar perderá o anúncio do Nobel. Ao que o mesmo, sem se dar por convencido, riposta: “E se ficar, perco o Nobel e o avião.” Já no aeroporto de Frankfurt, os representantes da comitiva portuguesa são informados que Saramago já havia embarcado. Depois de explicado o motivo, os funcionários aceitam entrar no avião e pedir a Saramago que regressasse. Foi aí que uma assistente da companhia aérea Ibéria, lhe fez o comunicado;

6. Se tem um daqueles nomes que as pessoas insistem em pronunciar mal, não se sinta mal. Também Saramago, após o reconhecimento internacional que obteve com o Nobel, passou pelo mesmo. Na altura, todos os nomes eram válidos para satisfazer a curiosidade do mundo: “Samarado” “Saranago” ou “Siromago”. O The New York Times esclareceu os seus leitores: “It’s pronounced Saw-ra-maw-go”;

7. José Saramago tinha três cães – Pepe, Greta e Camões. Este último ganhou o nome do poeta português pois apareceu na vida do autor na épocaem que este foi anunciado como vencedor do prémio Camões (1995). Sobre isso, Pilar recorda: “E assim, pelo menos em Lanzarote, Camões foi mencionado centenas de vezes por dia, foi vida e foi homenagem.” Quando o autor faleceu, o amigo que estava lá em casa e ali passou a noite, atribuiu, no dia seguinte, o seguinte título à sua coluna jornalística: “Camões chora por Saramago”.

Fonte: Blogue Somos Livros

Conhece o truque de Sherlock Holmes para melhorar a memória?

É normalmente designado por “Palácio da memória” que não é mais do que um lugar, na nossa mente, onde guardamos informações de que vamos necessitar. Este método costuma ser utilizado pelos campeões de desafios de memória e foi popularizado pelo detetive mais famoso do mundo. Eis o que tem de saber.

1 – Planeie o seu palácio.

Escolha um local que consiga visualizar facilmente para ser a planta do seu palácio. O palácio da memória precisa de ser um local ou caminho bastante familiar, como a casa onde passou a sua infância ou o seu trajeto diário para o trabalho ou para a escola, por exemplo.

2 – Caminhe pelo palácio para definir um trajeto

3 – Identifique locais específicos do palácio para guardar as informações.

Se o palácio for um caminho, como seu trajeto até o trabalho ou até à escola, escolha pontos de referência como, por exemplo, a casa do seu vizinho, um semáforo, uma estátua ou um prédio.

4 – Pratique a visualização do palácio pronto: desenhe o local fisicamente. Faça um esboço do seu palácio da memória num papel.

5 – Coloque as informações importantes em pequenos conjuntos ao longo do palácio.

Exemplo: Se o palácio for a sua casa e estiver a tentar lembrar-se de um discurso, coloque as primeiras frases no tapete da entrada e as seguintes no buraco da fechadura da porta.

6 – Use imagens simples para representar frases e números complicados.

7 – Adicione pessoas, gatilhos emocionais ou imagens estranhas para se lembrar da informação.

8 – Incorpore mnemónicas para se lembrar de sequências maiores de informação.

9 – Passe pelo menos 15 minutos por dia a explorar o seu palácio.

10 – Limpe o palácio da memória quando precisar de atualizar as informações.

11 – Construa novos palácios para tópicos e informações diferentes.

Vá, agora comece já a treinar.

A rede social mais popular é…

Os jovens com idades entre os 15 os 24 anos passam, em média, 141 minutos por dia em redes sociais, o equivalente a 2h21 minutos todos os dias.

O Instagram é agora a rede social mais popular nesta faixa etária enquanto o Facebook, que em termos globais continua a liderar em popularidade no país, cai para terceiro (89,4%), no ranking dos serviços mais usados neste universo, depois do Instagram (94,1%) e do WhatsApp.

Nesta faixa etária, o Instagram quase quadruplicou face a 2013 e o WhatsApp duplicou o seu valor relativamente a 2016”, detalha a Marktest numa nota sobre o estudo OsPortugueseseasRedesSociais, onde foram apurados os números.

A pesquisa também mostra que numa faixa etária superior, entre os 25 e os 34 anos, o tempo despendido diariamente nas redes sociais é ainda maior – 163 minutos por dia – e que, a partir dos 34 anos, estes hábitos perdem expressão. Os utilizadores destas plataformas com mais de 35 anos usam-nas, em média, 80 minutos por dia, ou 1h20.

Fonte: TekSapo

Meta-campus. Muito para além das salas de aula em Zoom, metaverso chega ao ensino

Conceitos como Web 3, metaverso e blockchain estão a mudar o nosso quotidianos em várias dimensões, e o ensino não lhes escapa. Depois do metaoffice, é altura de falarmos sobre meta-campus.

Ao mesmo tempo que algumas empresas decidem transformar os seus escritórios em metaoffices, o metaverso está já a entrar de rompão nas universidades e escolas de formação, criando meta-campus. Em Espanha, a IE University e o Elysium Ventures, um fundo de investimento com sede em Silicon Valley (São Francisco), estabeleceram um acordo estratégico para criar o Metaverse Center, um centro de investigação e inovação sobre o metaverso.

Na Suíça, a escola de hospitalidade Les Roches já ensina os seus alunos com recurso a tecnologias do metaverso. E por cá, a Ironhack está a desenvolver um curso introdutório sobre web3, com módulos que irão explorar os conceitos de metaverso, NFT, finanças descentralizadas, criptomoedas e DAO (Organização Autónoma Descentralizada), sabe a Pessoas.

“Com este curso, queremos que os nossos alunos adquiram conhecimentos fundamentais, através de uma metodologia prática e que incite a interação, sobre os vários setores ligados à Web 3, que estão inevitavelmente a mudar a forma como a tecnologia está a impactar o nosso quotidiano, em várias dimensões”, justifica Catarina Costa, responsável pelo campus da Ironhack Lisboa.

Entrar neste universo é, para a escola de formação tecnológica, “um caminho natural”. Apesar dos desafios, Catarina Costa não tem dúvidas que entrar nesta dimensão virtual será vantajoso para o ensino.

“Pode permitir atingir novas capacidades que, até há pouquíssimo tempo, eram inimagináveis. Já estamos a sentir o impacto dos ambientes virtuais na educação. E quanto mais avançamos na transição digital, mais este impacto se fará sentir. Haverá sempre espaço para experiências presenciais, mas, à medida que a aprendizagem à distância vai evoluindo – muito para além das salas de aula em Zoom –, existirão certamente inovações que vão acrescentar valor ao espaço digital. Muitas que nem sequer imaginamos que possam ser reais.”

O ensino terá, assim, de adaptar-se às novas tecnologias e, consequentemente, às novas exigências do mercado, como é o caso da necessidade de explorar esta dimensão virtual, defende a responsável.

A escola de programação 42 mostra uma convicção semelhante: “existe um enorme potencial para pôr o metaverso ao serviço da educação”, afirma Pedro Santa Clara, diretor da 42 em Portugal. “A partir do momento em que o metaverso ofereça uma experiência de trabalho colaborativo de qualidade, lá estaremos”, assegura.

Para já, a aposta da escola tem sido, sobretudo, no modelo presencial. Ainda este verão, a 42, já presente em Lisboa, começou a funcionar também no Porto e a selecionar os primeiros alunos. “A Escola 42 distingue-se justamente pela utilização da tecnologia no desenvolvimento de um modelo pedagógico mais eficaz, assente na aprendizagem baseada em projetos e na colaboração entre os alunos. Acreditamos que, neste momento, a melhor forma de interação é presencial – daí o forte investimento nos campus da 42 Lisboa e 42 Porto – mas utilizamos muitas ferramentas de colaboração, como o Slack, que liga os mais de 15.000 alunos da 42 pelo mundo”, detalha Pedro Santa Clara.

Os meta-campus não são, contudo, uma opção descartada. “Sabemos que o conhecimento é mais eficientemente adquirido pela experiência. O metaverso tem ferramentas muito poderosas para trabalhar em cenários e criar um espaço de experimentação. É também importante ter em atenção a motivação e a participação dos alunos, que pode ser reforçada com recurso a esta dimensão virtual.”

O mais importante é, para o líder da escola, sentir estas mudanças como uma oportunidade, e não como uma ameaça. “Se tiverem uma mentalidade de crescimento, podem encontrar formatos de participação muito interessantes e escaláveis, chegando a mais alunos e criando a possibilidade de competir num mercado global. Se a atitude for, pelo contrário, de protecionismo e de inércia, vão acabar por ser ultrapassadas”, alerta.

Impacto nas infraestruturas e no corpo docente

Transformar o próprio modelo de ensino implica também proceder a algumas mudanças e adaptações nas escolas, tanto ao nível das infraestruturas como do corpo docente. “Será preciso cada vez menos espaço físico para que os estudantes realizem o seu percurso de aprendizagem de forma independente. Contudo, para que existam campus VR/AR, é necessário investir em hardware e software sofisticados e robustos, de forma a assegurar que os meta-campus são escaláveis e universais”, refere Catarina Costa.

Por outro lado, no que toca ao corpo docente, terá de existir uma formação especializada neste novo formato de educação. “Esta é uma ótima ferramenta de aprendizagem que traz mesmo grandes vantagens. Os professores passam agora a conseguir ensinar os seus estudantes sobre o sistema solar oferecendo-lhes uma experiência imersiva, como se lá estivessem. Ou mostrar moléculas de química de perto, até ao mais ínfimo pormenor. Ou até mesmo dar a conhecer infraestruturas e redes de sistemas muito complexos através do metaverso, numa experiência totalmente interativa.”

Os exemplos que chegam de fora

Em Madrid, o Metaverse Center, com sede física na IE School of Science and Technology e virtual na Internet e no metaverso, trabalha para antecipar e inovar na nova dimensão digital. A ideia é que os projetos e laboratórios do centro acelerarem a investigação de alto impacto, nomeadamente no que diz respeito a aspetos técnicos, de comportamento humanos e normativos sobre o metaverso, dado que existirá uma estreita colaboração entre universidades internacionais, empresas, empreendedores, líderes do setor e instituições governamentais.

“Com a criação deste centro avançamos para explorar as oportunidades empresariais e de investimento que oferece o metaverso, assim como o seu impacto na sociedade, e partilhamos este desafio com o Elysium Ventures, com o objetivo comum de gerar conteúdo inovador e impulsionar ideias de negócio disruptivas”, explica Iklaq Shidu, dean e professor na School of Science and Technology, IE University, citado pelo Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol).

A IE University vai inaugurar campus em vários metaversos já em 2023, entre os quais se encontram Roblox e Decentranland, onde os estudantes poderão assistir às aulas e participar em eventos na esfera digital.

Já na Suíça, no campus de Crans-Montana, a Les Roches conta com uma sala ao lado, destinada à realidade virtual, onde acontecem aulas muito específicas. Entre quatro paredes, que podem facilmente transformar-se num restaurante, hotel ou em qualquer outro cenário ditado por uns óculos de realidade virtual, os alunos aprendem, de forma prática, através de situações com que dificilmente lidariam num contexto mais tradicional de aula.

“Existem certas situações na vida real que não conseguimos recriar para ensinar os alunos. Por exemplo, uma das mais comuns nos hotéis é ter de lidar com um hóspede alcoolizado. Podemos ensinar os alunos numa situação prática com uma pessoa alcoolizada? Não. Mas podemos criar uma experiência em que o estudante tem de interagir com um cliente alcoolizado? Sim. E assim o aluno pode aprender, de forma segura, o que fazer numa situação destas”, explica o director of the innovation hub da hospitality business school.

Fonte: eco.sapo.pt

Saiba se a mochila do seu filho tem o peso ideal. Faça as contas

A Campanha “Olhe Pelas Suas Costas” desafia-o a pesar as mochilas dos membros mais novos da família e a cuidar da saúde das suas costas.

O novo ano letivo traz consigo novas oportunidades de aprendizagem para os mais novos, mas também alguns perigos para a saúde das suas costas. O peso excessivo das mochilas associado a más posturas e a hábitos de vida pouco saudáveis estão na base dos problemas de costas mais frequentes na população infantil e juvenil. A Campanha “Olhe Pelas Suas Costas” desafia-o a pesar as mochilas dos membros mais novos da família e a cuidar da saúde das suas costas.

Para participar no desafio, basta preencher a calculadora oficial da campanha (aqui) com o peso da criança e o peso da mochila. Depois, a campanha convida-o a partilhar nas redes sociais uma fotografia da mochila com o resultado obtido e a hashtag #EuControloOPesoDaMochila, identificando a página oficial de Instagram/Facebook da campanha.

“Com o regresso às aulas, é imperativo garantir que as crianças começam já a adotar hábitos saudáveis e benéficos para a saúde das suas costas, evitando problemas futuros”, afirma Bruno Santiago, neurocirurgião e coordenador nacional da Campanha “Olhe pelas Suas Costas”.

Transportar mochilas com mais de 10% do peso da criança é um dos comportamentos que mais prejudicam a saúde das costas dos mais novos, mas não só. A utilização de alças pouco ergonómicas e não ajustadas ou de mochilas sem acolchoamento e maiores do que as costas da criança são alguns cuidados a ter aquando da escolha da mochila.

Além disto, o peso deve ser distribuído de forma uniforme, sendo que os materiais mais pesados devem ser colocados junto ao corpo, de forma a evitar alterações de postura ( existência de vários compartimentos pode ajudar). “Os trolleys, por exemplo, podem ser úteis e ajudar a aliviar o peso nas costas, mas é preciso ter atenção à altura da pega. A criança não deve ficar curvada enquanto puxa a mochila”, alerta o médico Bruno Santiago.

“O desafio #EuControloOPesoDaMochila surge também como forma de alertar os pais, que por vezes podem estar focados noutros comportamentos prejudiciais, para esta questão. É essencial começar a cuidar da saúde das nossas costas desde a infância, de forma a evitar consequências mais graves”, explica, rematando: “Sabe-se que as crianças que desenvolvem lombalgia em idade precoce estão mais propensas a sofrer de lombalgia crónica mais tarde”.

Comportamentos como a adoção de uma má postura na escola ou até ao estudar em casa, dois hábitos comuns de crianças e adolescentes, podem também originar distúrbios musculoesqueléticos.

A obesidade e o sedentarismo são prejudiciais para a saúde das costas, devendo ser contrariados desde a infância através do exercício físico, uma vez que é também nesta altura que podem surgir os primeiros sinais de alerta para doenças na coluna. Os hábitos de vida saudáveis devem, por isso, ser incutidos desde a infância, através da educação para a saúde, do controlo da alimentação e da promoção do exercício físico.

Fonte: sapo.pt